No funeral de Raul Solnado, esse actor tão terno quanto engraçado (no verdadeiro sentido de cair em graça)nas ruas a cidade de Lisboa aplaudia o carro fúnebre que passava com o seu corpo.
Passava o carro e as pessoas nas ruas aplaudiam.
Molière foi a enterrar à noite e em solo não sagrado, pois a profissão de comediante era tão mal visto quanto um proscrito.
Mas ontem um país saiu às ruas para bater palmas a um comediante (e que comediante!): podemos ser pobres e miseráveis em muitos aspectos, mas aqui está a nossa civilização, a de respeitarmos o nosso afecto a um homem que nos fez rir.
E não conheço melhor resposta à morte que esta.
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Monday, August 10, 2009
No funeral de Raul Solnado
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