ESMAE

Esmae (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo): conheço, andei lá no seu segundo ano de existência e lá voltei duas vezes.

Uma para fazer o ano da licenciatura que entretanto abrira. Outra para dar aulas em vários regimes. Quando lá andei a primeira vez era divertido porque a escola, como eu, estava a começar, éramos poucos e isso era bom.

Aprendi lá coisas muito importantes, algumas estavam no programa, outras não. Quase todas foram com a experiência que lá passei.

Um bom relacionamento é a base do desenvolvimento criativo, foi a primeira lição que aprendi.

Quando lá voltei depois as coisas tinham mudado. E ainda depois disso vim a conhecer os bastidores. O que não é muito divertido, principalmente porque tinha mudado de uma escola-a-começar para uma outra coisa, com muita gente.

Havia lá pessoas simpáticas que me foram especialmente dedicadas e estou-lhes grato.

No entanto não isso resolve o facto de não pagarem. Não sei se é estratégia para assustar as pessoas ou se é campanha das contabilidades contra o resto do mundo, mas a verdade é que internacionalmente* a Esmae é conhecida por não pagar. E quando não nos pagam nós não valemos nada, essa foi a segunda lição que aprendi.

*contava-se inclusive que os professores ingleses faziam um grande alarido para lhes pagarem, enquanto que os professores franceses aguentavam a situação até serem convidados novamente, ao que respondiam Non, merci.