Friday, February 18, 2011

Bares e sua relação perigosa com o teatro

Um bar, mesmo que esteja disfarçado de outra coisa, como uma associação cultural, é um perigo para um actor que queira fazer teatro. Os bares querem facturar e fazem-no vendendo bebidas e produtos de bar. Onde há cervejas não pode haver teatro. É uma lei incontornável. A super-bock faz um tilim na caixa-registadora que as palavras do actor não fazem. Frente ao lucro de uma bebida vendida tudo se subalterniza, até a dignidade:

- num conhecido bar situado no Castêlo da Maia fui fazer um espectáculo, como os espectadores fumavam na sala pedi ao fulano gerente que o não fizessem pois perdera a voz durante a representação à conta disso, mas não se podia pedir isso aos clientes, disse o rotundo gerente porque senão não iriam ver

- num outro bar situado na Nossa Senhora de Fátima, onde fui dizer poesia (várias vezes), a funcionária que atendia as mesas fazia toc toc com os seus saltos servidno, perguntando o que cada um queria consumir, quando a razão de as pessoas estarem ali era tapada pela sua figura indo e vindo.

É claro que este assunto já o tinha abordado, mas repito-me pois repetem-se as indignidades: onde quer que haja uma cerveja não pode haver arte.

Ditulis Oleh : Unknown // 8:13 AM
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