Friday, January 28, 2011

Abstenção, absentismo e conferências de teatro e cinema

A abstenção nesta eleição recente andou pelos 50%, ou seja houve metade de eleitores que não votaram. Metade de adultos, inscritos que podem votar e não foram.

Estiveram ausentes. Talvez não lhes interessasse, talvez nem concordassem com algo ou com tudo, talvez não quisessem ir votar ou nem pudessem naquele mesmo momento. Pouco provável que não soubessem.

O mesmo acontece com outras iniciativas, menos políticas mas igualmente públicas: o departamente de Teatro e Cinema da ESAP tem promovido conferências de Teatro e Cinema, à razão de uma por semana.

Dado que há cursos de Teatro e Cinema, isto justifica-se não só para dentro como para fora da escola.

Apesar dos docentes ou dos seus convidados que vão falar de assuntos interessantes e pouco expostos como a presença do cinema em António Lobo Antunes, a relação da marioneta com a figura dos deuses, até a história da própria ESAP, a música no teatro ou o meu próprio tema, o que se verifica é uma redundante desilusão.

Ninguém aparece. Nem alunos, nem professores, nem a sociedade civil (salvo entusiasmadas e irregulares excepções e regulares apenas 2 professores, uma aluna e uma cidadã interessada, contas precisas). O balanço é: ninguém quer saber. Um inacreditável e persistente desinteresse.

Postas as coisas na mesa não é estranha a abstenção na recente eleição. Não só não há réstea de consciência política e de que votar é um acto político, como não o há sobre ir e apoiar conferências (gratuitas, informadas, uma pedrada no charco). Não há nem consciência, nem cultura, nem nada.

Está toda a gente ausente. É um país em forma de absentismo.

Ditulis Oleh : Unknown // 5:18 AM
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