Thursday, June 17, 2010

O meu amigo Zé, o melhor encenador do mundo

O Zé é o melhor encenador do mundo! (quem é o Zé?)
É que o Zé é fantástico! (quem é o Zé?)

Pá, o Zé é mesmo fixe, pra mim é o melhor encenador do mundo! (quem é o Zé?)
A minha sensibilidade é que me diz que o Zé é espetacular! (quem é o Zé?)

Pra mim o teatro é essa cena que o Zé faz - eu e ele até já falámos uma vez quando fomos tomar um copo - e ele pá diz que o teatro é a gente sermos... sabes? sermos... o que somos! (quem é o Zé?)

Pra mim o teatro é uma cena subjectiva, é como o Zé diz, é tudo muito subjectivo (quem é o Zé?)

Se é uma cena subjectiva eu nem tenho que saber nada de nada, não é? Só preciso de andar com o Zé que ele dá-me umas luzes (quem é o Zé?)

Uma amiga minha estuda música, mas como não é uma cena subjectiva como a nossa,´tás a ver?, eu mete-me um pouco de impressão, e um amigo do Zé está na dança mas eu dançar é mais na disco e essa cena de treinar faz-me comichão (quem é o Zé?)

No outro dia estávamos na boa, eu e o Zé, e até discutimos sobre as nossas cenas, mas terminou tudo em bem porque a gente sabe que isto é tudo subjectivo e que se formos a dizer o porquê a gente mata a nossa sensibilidade (quem é o Zé?)

Essa minha amiga que está na música passa a tarde toda a estudar lá o clarinete ou o que for, mas nisto eu tou como o Zé - o teatro é uma cena que se inventa a cada dia, é uma cena diferente (quem é o Zé?)

Lá o amigo do Zé tem o mesmo professor de dança há anos e eu até falei isto com o Zé - essa cena é um pouco obsessiva, porque eu gosto é de cenas diferentes e não quero que ninguém me formate - o Zé disse que ele também não quer e que é por isso que ele prefere fazer as descobertas dele sozinho (quem é o Zé?)

Porque eu o Zé sabemos que a sociedade mata-nos, por isso temos que lutar pelo nosso espaço, porque senão a sociedade mata a minha maneira de sentir (quem é o Zé?)

E essa cena do professor de dança é muito ditatorial, tás a ver? porque ele diz ao amigo do Zé cenas do género tens que fazer assim e fazer assado, mas pra mim isso já não se usa porque no teatro temos cada um de fazer a sua cena, se me dissessem cenas assim isso matava a minha sensibilidade e eu bloqueava (quem é o Zé?)

E a outra cena da minha amiga, eu pergunto-lhe mas tu não ficas cansada? ela diz que sim mas ainda não estudou o suficiente - eu acho que isso é um bocado de marados. O Zé diz que isso mata a sensibilidade e é verdade e não é a minha cena (quem é o Zé?)

A minha cena é manter a minha espontaneidade e se for agora a explicar muito, isso mata-a, e uma pessoa não pode mexer muito na espontaneidade é que isso só dá cabo da cabeça a uma pessoa, e pra mim o teatro é essencialmente essa cena pá de uma vida mais intensa, é isso! é viver tudo de uma maneira mais intensa, tás a ver? é ser assim como Zé, um granda maluco (quem é o Zé?)

É que o teatro é mais intuitivo que a música ou a dança, é uma cena mais espontânea -a gente fala um pró outro e já é teatro, não precisamos de estar a martelar como essa minha amiga do clarinete ou o que for, ou o amigo do Zé, lá no estúdio com o professor dele (quem é o Zé?)

- até me tou a lembrar que a minha amiga do clarinete ou o que for foi pra uma escola porque lá tinha o professor não sei das quantas. É mesmo marado, até o Zé diz que a gente tem que descobrir as cenas por nós próprios e que não devemos ser cópias de ninguém (quem é o Zé?)

Eu até acho que essa cena de querer ser ensinado lá pelo professor não sei das quantas é uma cena tipo edipiana, porque até parece que se quer um paizinho! hi hi hi! Disse isto ao Zé e ele disse que eu tinha razão (quem é o Zé?)

A minha cena sabes a minha cena é um bom ambiente porque senão eu não consigo criar e isso mata a minha sensibilidade e até o Zé me disse pra não deixar que me metessem coisas na cabeça (quem é o Zé?)

Ditulis Oleh : Unknown // 1:34 AM
Kategori:

0 comments:

Post a Comment

 

Blogger news

Blogroll

About