A apanhada é um jogo universal. Todas as crianças o jogam, seja com irmãos, pais, bolas ou mesmo animais. Correr está dentro de nós, assim como está perseguir ou fugir. No jogo da apanhada isso é especialmente visível.
Anos depois, na idade adulta, mesmo que estejamos fora de forma ou não pratiquemos nenhum desporto, parecemos sempre prontos a fugir ou a perseguir: a jogar à apanhada. Parecemos sempre prontos a correr como se o fizessemos todos os dias. Uns mais rápidos que outros, uns mais ágeis que outros, é certo, mas todos sempre prontos.
Está inscrito nos nossos genes isso e muito mais. Como se fosse um mandamento genético:
- Correrás!
ou mesmo
- Correrás para apanhar outros e não te deixar apanhar!
Este jogo desperta em nós esse mandamento genético, anos depois do primeiro apelo (da selva, digamos) que em crianças nos faz correr sem parar, atrás de alguém ou algo, ou tão somente porque não se consegue desligar o correr.
Outros jogos despertam outros mandamentos genéticos.
Todos eles despertam a intuição. E é disso que precisamos para o teatro.
Nota: Referimo-nos em especial aos jogos motores, àqueles que exigem e se baseiam no movimento dos seus jogadores. Pelo movimento desperta-se os implusos que normalmente nos fazem mover, como diz a célebre frase atribuída a Meyerhold "Primeiro foges do urso e depois verás o urso".
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Thursday, November 15, 2007
Jogo como despertar da intuição
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