Uma aula deve ser imprevisível? Ou pelo contrário o que lá se passa e passará deve ser sempre o mesmo, cumprir os mesmos passos, até mesmo os mesmos exercícios?
Deverá ser sempre algo completamente novo ou algo de completamente conhecido?
O primeiro inquieta e o segundo aborrece.
Mas, como o jogo que é de resultado imprevisível e daí o nosso interesse nele, como a vida que é imprevisível, também a aula deve sê-lo, mas talvez com variações, com alterações de ordem e formas.
Dou um exemplo: para aquecimento eu aplico muito o jogo da apanhada (ou caçadinhas, ou pega-pega, ou toca e foge...), na primeira vez é desconhecido naquele contexto e ganha popularidade por isso, na segunda é dominado, na terceira é previsível e os jogadores-alunos já sabem ao que vão e o jogo torna-se inútil, já não se movem entusiasticamente, já não serve. Daí ter que apostar em regras novas. E aí descobre-se uma imprevisibilidade dentro do que já é conhecido.
Dou outro exemplo: frequento aulas num ginásio da actividade x, à terceira aula repito a mesma estrutura de exercícios; à quarta deixo de ir porque é sempre a mesma coisa, o nível de dificuldade não é suficiente, a minha curiosidade sobre a actividade diminuiu até zero e não há gozo - sem gozo não há jogo, e sem jogo o que resta é o trabalho. E para trabalho há o trabalho.
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Monday, March 7, 2011
A imprevisibilidade da aula para o estudante
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