Monday, March 14, 2011

Paralelo Aluno-Professor

Não peço nada aos meus alunos que eu não possa ou esteja disposto a fazer. E peço muitas coisas.

Mas quando lhes peço a eles peço a mim também. Desde horas à atenção, à pesquisa, até ao divertimento, envolvimento, domínio e comunicação.

Peço que desliguem os telemóveis e desligo o meu. Peço para chegarem a horas e chego a horas eu. Peço que se entusiasmem com o difícil e entusiasmo-me eu. Peço que joguem e também jogo eu.

Dou o que peço, porque eu ali sou o exemplo, e não quero ser exemplo da excepção, do aristocrata. Peço o que eu como aluno dou, porque eu como professor continuo a receber aulas, e a estudar como é estar no papel de aluno. E não me refiro à metáfora de "sendo professor estou continuamente a aprender": frequento aulas, formações, workshops onde sou aluno, estudo-me como aluno, baixo as defesas de professor, aprendo - mais uma vez - como é ser aluno.

Portanto quando peço, sei o que peço, sei o que significa, sei o que custa, sei o que se ganha. Aproximadamente, é claro, mas não me baseio numa ideia fantasiada de quando acabei o curso há 15 anos.

Nota: e quando recebo aulas, não me comporto como um estafermo incontrolável mesmo que tenha uma vontade louca disso mesmo porque - e aqui entra a experiência/vivência de ser professor - lembro-me da maldição que isso é, e não o faço a ninguém porque não o admito de ninguém.

Ditulis Oleh : Unknown // 4:58 AM
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